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SUVs no Brasil, tendência ou banalização


Observar as ruas de sua cidade é perceber a ascensão dos veículos de grande porte, substituindo os compactos. Esta não é apenas uma impressão, mas uma realidade estatística. Os Sport Utility Vehicles (SUVs), atualmente, ultrapassam os hatchbacks e sedans que foram populares no Brasil entre 2000 e 2015.


Esses carros, concebidos nos anos 50 para serem o veículo familiar por excelência, foram desenvolvidos por fabricantes renomadas, como GM, Jeep, Ford, Toyota e Mitsubishi, que transformaram suas picapes em veículos espaçosos e confortáveis. Embora os modelos atuais das marcas ainda mantenham a proposta original 4x4, os preços elevados refletem a condição de modelos premium.


Em movimento inesperado, montadoras que outrora jamais considerariam criar carros nessa categoria estão se curvando à tendência mundial. Empresas de prestígio como Ferrari, Rolls-Royce, Lamborghini e Aston Martin, surpreenderam ao ingressar nesse mercado. Especialmente a Ferrari, que, em tempos anteriores, tinha uma filosofia de manter-se distante dos SUVs. No entanto, no ano passado, anunciou o lançamento do Ferrari Purossangue, caracterizado como um FUV (Ferrari Utility Vehicle). O mercado das SUVs Coupe se mostrou mais atrativo do que o esperado. Um movimento semelhante foi feito pela Lamborghini (pertencente ao Grupo VW) com o lançamento do URUS, que, embora concorrente da Ferrari, está se destacando mundialmente, inclusive no Brasil.


A incursão de marcas de luxo e esportivas no mercado de SUVs começou há 20 anos, quando a Porsche lançou sua famosa CAYENNE, salvando a marca da falência na época. A Porsche se uniu à VW para desenvolver a Tuareg, uma variante assemelhada à Cayenne, com um motor de 8 cilindros e recursos inteligentes, como suspensão ajustável para diferentes terrenos, acionada por um botão no console da transmissão. Atualmente, marcas como BMW e Mercedes comercializam modelos no Brasil com preparação M e AMG, atingindo valores próximos a 600 mil reais.


No entanto, no Brasil, a sigla SUV se tornou sinônimo de "carro familiar". A categoria dos SUVs-compactos tem mascarado a autenticidade da classe. Anteriormente, os chamados crossovers, como Uno Way, Ford Ecosport e Sandeiro Stepway, eram os destaques na categoria. Eram todos derivados de modelos hatchback das marcas e lideraram as vendas por anos.


Agora, com a proliferação dos SUVs, os crossovers assumiram a forma de veículos de passeio tradicionais. Exemplo disso são os motores e transmissões que não acompanham a tração e força necessárias de um SUV, seja 4x2 ou 4x4, devido à concepção e natureza do veículo.


Nissan Kicks, Fiat Pulse, Renault Captur, Nivus e Argo, embora sejam categorizados como SUVs, não correspondem verdadeiramente a essa classe. Da mesma forma, modelos espaçosos como Volkswagen Tiguan, Jeep Commander, Volvo V90, chamados de vans na Europa e nos EUA, também não se enquadram na definição de SUV.


De acordo com o RENAVAM, o conceito de SUV precisa se enquadrar em uma definição de utilitário, com alíquotas fiscais diferentes (IPI e taxa de importação) e IPVA. Embora a categoria atenda a um público que busca carros um pouco maiores para acomodar até cinco pessoas, não se deve banalizar o modelo SUV, considerando suas características fundamentais.


Em 2021, as vendas de SUVs atingiram cerca de 43% do total de veículos vendidos no Brasil, aumentando para 44% em 2022. Enquanto isso, os hatchbacks mantiveram uma média de 35% de vendas ao longo dos últimos dois anos. A comparação revela que, enquanto uma categoria permanece estável em suas vendas, a outra cresce significativamente, ocupando um espaço cada vez maior no mercado. Do top 10 de veículos mais vendidos em 2021 na categoria de veículos leves, segundo a FENABRAVE, 4 eram SUVs (Tracker, T-Cross, Compass e Creta). E expandindo a lista para mais de 20, encontramos modelos como Renegade, Pulse, Corolla Cross, Nivus e Kicks. Ou seja, quase metade dos veículos da categoria encontra-se nessa faixa.


Em conclusão, a simples troca de um hatchback por uma "SUV" por influência do vizinho não deve ser uma decisão precipitada. Caso o interesse seja legítimo, a orientação é que o consumidor se informe. Antes de trocar um porta-malas de 400L por um de 290L ou adquirir um veículo que não corresponde às características de um SUV verdadeiro, é importante considerar nossos aplicativos e serviços embarcados em diversas empresas ou no nosso Site www.checkprice.com.br pelo contato@checkprice.com.br. Estamos disponíveis para esclarecer dúvidas e auxiliar na tomada de decisão consciente.


Marcelo Bottura

Checkprice

 

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